Nossos links preferidos de abril

Reunimos e comentamos os links dos textos que mais gostamos de ler sobre paternidade e infância no mês de abril.

4 dicas infalíveis para envolver as crianças na próxima viagem
De Andrea e Luciano no blog Malas e Panelas

O casal traz quatro dicas legais para criar um clima de viagem com as crianças e começar a curtir as férias já no planejamento: fazer um calendário ilustrado com contagem regressiva, assistir a filmes que mostrem a região, ler livros sobre o destino e envolver a criança no planejamento. Em cada dica eles comentam suas experiências pessoais com a filha Isabella, as dificuldades que enfrentaram e vários links legais com sugestões.


5 Ways to Teach Kids About Consent
De Joanna Godard no site Cup of Jo

É em inglês, mas é imperdível! Nesse texto a Joanna dá algumas dicas sobre como falar com o filho sobre consentimento: 
- "Você é o chefe do seu corpo" - A frase é fácil de entender e deixa claro que cada criança decide sobre seu corpo. Mas não adianta falar isso e não respeitar a decisão do filho. Se ele não quer abraçar ou beijar alguém, é um direito dele.
- Não insistir - Muitas vezes, quando a criança não quer dar beijo, abraço ou algo do tipo fazemos manha ou brincadeirinhas para insistir, mas ela diz que é importante ensinar a aceitar a negação com normalidade. "Eu quero que minha filha saiba que a reação apropriada quando alguém diz 'não' para uma demonstração física de afeto é dizer 'ok' e seguir a vida".
- Há vários modos de dizer não - Temos usado bastante esse por aqui. Ela destaca que é preciso ensinar que o 'não' pode ser entendido mesmo quando não é pronunciado. Como a Isabel ainda não fala, temos ressaltado sempre com o Samuel a importância de observar se ela está gostando da brincadeira ou do carinho antes de continuar.
- Perguntar antes - "É hora de ir, você quer perguntar para a Jenna se ela quer um abraço?" Incluir sempre a pergunta pode parecer um detalhe, mas é um reforço constante da necessidade de consentimento.
- Falar abertamente - Falar sem tabus sobre os corpos, os nossos e os deles. É um jeito de fazê-los se sentir mais confortáveis para perguntar e contar caso estejam com algum problema e de se sentirem bem com os próprios corpos.

O que podemos aprender com a infância das crianças indígenas?
De Camila Hungria no site Catraquinha

A repórter entrevistou dois escritores que são líderes indígenas: Ailton Krenak e Daniel Munduruku sobre como crianças são criadas em suas comunidades. Das respostas, as que mais me chamaram a atenção foi quando Ailton Krenak diz a forma como brincar na natureza e correr riscos ensina as crianças a se proteger no mundo e a colaborar com o mundo e quando Daniel Mundukuru diz que "Nunca se pergunta para uma criança indígena o que ela vai ser quando crescer". Me botou para pensar. Bem interessante!

“Filho, o mundo não é seu.”
De Patrícia Froes no site da Folha de S.Paulo

A partir de uma provocação da historiado Elisabeth Badinter, a cineasta Patrícia Froes fala da necessidade de ensinar as meninas de que o mundo é delas e de que elas não precisam se contentar com os papéis limitadores que tentarão lhe atribuir. Mas nesse texto, ela destaca sobretudo a urgência de dizer para os meninos que o mundo não é deles e fazê-los perder os privilégios para "desnaturalizar o seu mando do mundo".

Conheça os solteiros que são sócios na tarefa de ter de um filho
De Marcel Verrumo no site da Super Interessante

A reportagem conta sobre o grupo Coparentalidade Responsável, que reúne pessoas que buscam parceiros para criar os filhos sem necessariamente desenvolver uma relação afetiva ou sexual. Faz a gente questionar uma série de pressupostos que tomamos como naturais.

Vídeo mostra crianças jogando 'Banco Imobiliário da desigualdade'
Da equipe do Catraquinha

A matéria apresenta o vídeo da organização francesa Observatoire des Inégalités ("observatório das desigualdades"), em que um grupo de crianças é convidado a jogar Banco Imobiliário, mas com regras ajustadas de acordo com as estatísticas da sociedade francesa. O garoto negro é preso sem motivos, a menina ganha menos, os imigrantes não podem circular em todo o tabuleiro e cada um começa o jogo com uma quantidade diferente de casas e dinheiro. O vídeo é muito bem feito e nos faz questionar os privilégios de nossa sociedade. Pena que o vídeo não foi legendado para o português ainda.



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Samuca e Bebel - um site sobre infância, paternidade e tudo que acontece nessa relação entre pais e filhos. Escrito por Caio Moretto Ribeiro.

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